sábado, fevereiro 25, 2006

O Carnaval através dos tempos


Foto: Site Brazil Photos


O Carnaval é...

A festa denominada Carnaval surge do âmago de todo ser humano: da necessidade de soltar os sentimentos e instintos reprimidos durante o ano. Paixão, desejo, alegria gratuita: tudo reunido numa espécie de celebração à vida e ao prazer. Supõe-se que a origem histórica do Carnaval seja os saturnais romanos e festas primitivas em honra ao ressurgimento da primavera, o reflorescimento da Natureza.


Origens do Carnaval

O Carnaval com certeza é a festa profana mais antiga que se tem registro, provavelmente, com o sentido atual de folgança coletiva e inversão das posições sociais, já existe há mais de três mil anos. As suas raízes mais remotas encontram-se na Grécia Antiga, no culto a Dionísio, o deus da vindima, que mais tarde foi celebrado em Roma como Baco, espalhando-se para os países de cultura neolatina.

Dionísio, mais conhecido entre nós como Baco, era um deus bastardo para os pagãos. Perambulara por muito tempo pela Ásia Menor até que, conta a lenda, pelas mãos do sacerdote Melampo, introduziu-se nas terras gregas. Tornou-se um sucesso. Conforme as plantações de parreiras se espalhavam pelas ilhas da Grécia e pela região da Arcádia, mais gente o celebrava. Em todas as festas no campo ele se fazia cada vez mais presente. Por essa altura, já entronado como deus das vindimas, representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar invariavelmente embriagado.
As Bacantes

Consta que as primeiras seguidoras do Deus Dionísio, há uns 3 ou 3,5 mil anos atrás, foram mulheres que viram nos dias que lhe eram dedicados um momento para escaparem da vigilância dos maridos, dos pais e dos irmãos, para poderem cair na folia "em meio a danças furiosas e gritos de júbilo", como disse Apolodoro, testemunha duma daquelas festas. Nos dias permitidos, elas, chamadas de coribantes, saíam aos bandos, com o rosto coberto de pó e com vestes transformadas ou rasgadas, cantando e gritando pelas montanhas gregas. Os homens, transfigurados em silenos e sátiros, não demoraram em aderir às procissões de mulheres e ao "frenesi dionisíaco". A festança que se estendia por três dias, encerrava-se com uma bebedeira coletiva em meio a um vale-tudo pansexualista.


Brincando de Ser Rei...

As autoridades (as cortes, os sacerdotes e os ricos) não gostaram nada daqueles festejos malucos. Entre outras razões porque eram as vítimas favoritas das sátiras. Os festejos bacantes, como é sabido, além de serem um teatralização coletiva da inversão de tudo, serviam como um acerto de contas do povo com os seus governantes. Ainda que metafórico e psicológico. Neles, o miserável vestia-se de rei, o ricaço de pobretão, o libertino aparece como guia religioso, e a rameira local posava como a mais pura donzela, machos reconhecidos vestem-se como fêmeas, e assim por diante. Dionísio brincalhão, irreverente e debochado, estimulava que virassem o mundo de ponta-cabeça.

A repressão fracassou. Foi então que no século VI a.C., Pisístrato, o tirano de Atenas, oficiou-lhe homenagens. Não só isso. Construiu-lhe um templo na Acrópole: o teatro Dionísio, que está lá até hoje. Organizou em seguida concursos de peças cômicas ou dramáticas para celebrá-lo no palco, iniciando assim em Atenas a política do amparo às artes cênicas pelo Estado.

colega de Nietzsche, interpretou a transformação de Dionísio de um irreverente deus das folganças num ente oficioso, à interferência de um outro deus: Apolo, o deus Sol. Sendo este uma divindade do Estado, ele não podia permitir que aquela subversão dos costumes ficasse solta pelos campos a provocar loucuras, incitando os pobres à desordem e ao deboche. Apolo então atraiu Dionísio para dentro da cidade com ofertas mil, e, como sócio maior, domou-o. Em Roma, com as saturnais, as incríveis e desregradas festas populares que se davam em dezembro, deu-se praticamente a mesma história. Em Veneza ou em Nova Orleãs, em Salvador da Bahia ou no Rio de Janeiro, o deus bastardo da bebida e do atrevimento, tornou-se amansado pela política envolvente do deus do Sol, Apolo.


É Carnaval no Brasil...

No Brasil, o Carnaval é uma festa de âmbito nacional, adquirindo características distintas em cada região. O início dos festejos foi o Entrudo, introduzido no Brasil pelos navegadores portugueses. O festim originário da Índia consistia em uma " guerra " de excrementos, talco e ovos jogados do alto das casas ou nas praças. Outra brincadeira dos farristas era agarrar um desafortunado qualquer, tirar suas roupas, dar um banho frio e devolvê - lo à rua. Assim eram os festejos na Bahia e no Rio de Janeiro, em fevereiro do século XVI.

Entre 1870 e 1890 o Entrudo vem sendo lentamente substituído pelo Carnaval : bailes em clubes e desfiles nas ruas, sendo as fantasias inspiradas em modelos europeus e os próprios festejos importados da Itália. Surgiram os Fantoches de Euterpe, a Cruz Vermelha e Os Inocentes em Progresso. Os negros e mestiços vão sendo " afastados " da festa, tornando - se meros espectadores dos desfiles e realizando clandestinamente suas batucadas. Na década de 90, foram formados clubes " de negros " : Embaixada Africana, Congada Africana e Pândegos da Àfrica. O Carnaval prosseguia deixando aflorar o bom - humor e a espontaneidade do povo baiano, que se utilizava da festa para satirizar os políticos com máscaras e marchinhas irreverentes e brincar com a imaginação alheia se travestindo de noiva ou freira. Nos anos 30 e 40 o brilho da festa foi esmorecido pelos acontecimentos mundiais refletidos no Brasil : guerras e ditadura.

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de Samba
atuais.

No século XX o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas
deixavam o carnaval cada vez mais animado.


Surge o Trio Elétrico no Carnaval da Bahia...

Um fato marcante no Carnaval baiano foi a passagem do grupo pernambucano de frevos " Vassourinhas do Recife " pela Bahia. A recepção aos pernambucanos e ao ritmo contagiante do frevo foi tão positiva que deu o impulso inicial para Dodô e Osmar ( Adolfo Nascimento e Osmar Macedo ) desenvolverem o trio elétrico, o " trio " que deu um novo tom ao Carnaval da Bahia

Em 1950 Dodô e Osmar saíram às ruas num caminhãozinho equipado com alguns poucos alto - falantes, fascinando o povo baiano. A iniciativa de montar um trio elétrico passou a ser incentivada pelo governo e apoiada pelos empresários e comerciantes. O Carnaval se consagra como festa " da mistura " : de cor, de sexo, de classes sociais, de idade, todos seguiam encantados o ritmo dos frevos e dobrados vindo dos trios elétricos.

O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.


A Cidade Maravilhosa cai no Samba...

O primeiro baile de carnaval do Rio só ocorreria em 1835, no Hotel Itália, que não existe mais. Nessa época, ainda não existiam as marchinhas (músicas) carnavalescas. Foi um sapateiro português, de nome Zé Pereira, que teria contribuído para o surgimento delas: no carnaval, ele saía às ruas batendo bumbo.

Cerca de 20 anos depois, surgiram as grandes sociedades, as escolas de samba de antigamente. Elas tinham carros alegóricos puxados por cavalos! Nessa mesma época blocos chamados de cordões também começaram a desfilar pela cidade.

Em 1907, as filhas do presidente Afonso Pena desfilaram pela Avenida Rio Branco num carro com a capota aberta lançando confetes e serpentinas. Logo a moda pegou e o costume foi apelidado de corso.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se “Deixa Falar”. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá.

Só em 1932 houve o primeiro desfile de escolas de samba. Eles aconteceram na Praça Onze, depois passaram para a Avenida Rio Branco. Até que a avenida ficou pequena demais e o evento foi transferido para a Avenida Presidente Vargas.

Desde 1984 o desfile se realiza no Sambódromo, construído especialmente para isso. Hoje o espetáculo é assistido por 60 mil pessoas e transmitido para milhões de pessoas em todo o Brasil, e mais de 50 paises no Mundo.


A Origem da Palavra...


A palavra " carnaval " vem do latim * carnem levare * : abstenção da carne, designando a véspera da Quarta - feira de cinzas, dia em que se iniciava a abstinência da carne exigida pela Quaresma.


Enredos do Carnaval 2006 -Rio de Janeiro http://www.apoteose.com/

Sambas - Enrendos Carnaval 2006 - Rio de Janeiro http://www.apoteose.com/

Ordem dos Desfiles Carnaval 2006 - Rio de janeiro http://www.apoteose.com/

Fontes: Sua pesquisa.com, Educa Terra, Apoteose.com, Globo.com

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

A Poetiza do Rio


Foto: Marcelo Piu, Recreio dos Bandeirantes


Cântico IV

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.

Autora: Cecília Meireles


Quem Foi Cecília Meireles ?

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.

Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.

Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dãp cinco netos.

Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.

Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.

De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).

Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1963 ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.

Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas.Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.

Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.

Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).

Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.

Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).

O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.

Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açoreanos.

Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.

Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:

"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa.

Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo... A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.

Curiosidade:

Ao escrever sua primeira poesia Cecília Meireles tinha exatos 9 anos, O lançamento de seu primeiro livro ocorreu em 1919 com o titulo poemas Espectros, escrito aos 16 e recebido com louvor por João Ribeiro.

* Resumo do conteudo referente a poetiza encontrado no site "Releituras"

domingo, fevereiro 19, 2006

O Maior Show dos Stones


Foto: Daniel Ramalho

Os Rolling Stones fizeram ontem o maior show da história de sua carreira, do rock e do Rio. Um show Histórico com transmissão para os Estados Unidos, Canadá e México Com direito a um telão de 13 metros de altura, meteoritos coloridos voam, um "space shuttle" surge voando, guitarras e aparelhos de som passam, a platéia é recorde aproximadamente 1 milhão e 700 mil pessoas.

A maioria se espremeu em torno do palco montado nas areias da praia. Foram apresentadas vinte músicas em duas horas de show com uma precisão impressionante. Quando Os Stones fizeram o agradecimento final e deixaram o palco eram 23h45m e o show começara, como combinado, às 21h45.


Mick Jagger, aos 62 anos, surgiu vestindo colete prata, calça preta colada ao corpo e cinto de strass. A multidão delirou. Ao som de um dos maiores hits da banda, “Jumping Jack flash”, Mick deu início a uma noite inesquecível, consagrando Copacabana.

Foto: Agencia Routers

“Copacabana é a melhor festa do mundo!” — gritou Jagger, frase mais do que suficiente para provocar gritos histéricos e fazer milhares de mãos acenarem em sua direção.

"Gostaria de dizer 'hello' para as pessoas que estão nos vendo na TV, desde o Canadá, Estados Unidos, México", disse Jagger após a terceira canção, "You Got Me Rocking", depois de mandar um "tudo bem?" em português.

"Tem gente de São Paulo aqui?", perguntou o vocalista mais tarde. "E da Bahia? E de Porto Alegre? E do Rio", disse, finalmente, provocando gritos generalizados da multidão ao citar a última cidade. "Vocês são fantásticos."

O set de 20 músicas quase todas de sucesso, é um privilégio exclusivo de pouquíssimas bandas com alta quilometragem. Mick Jagger cheio de simpatia e quase amor, como o bloco que desfilara horas antes em Ipanema, falou muitas frases em português ajudado por um teleprompter,o que lhe permitiu saudar o povo com um "Tudo bain? Boa noche galera" após a segunda música, "It's only rock'n'roll".

Além das canções de "A bigger bang", os Stones pegaram uma única canção dos anos 90, "You got me rocking" (Voodoo Lounge, 1997) e se concentraram nos anos 60 e 70, incluindo desconhecidas por aqui como ''Get off of my cloud'', tocada quando um pedaço do palco se deslocou 60 metros para ficar a apenas três metros do povão.

Foto: Getty Images

Nas condições peculiares do show de Copa, com o público muito distante, eles podiam ter estendido os números dessa parte, mas ficaram no previsto, uma música no deslocamento para a frente, ''Miss you'', duas músicas lá, ''Get off'' e ''Rough justice'' e uma quarta na volta ao palco principal, ''Honky tonk women''. Executada pela primeira vez na turnê no palco B, praticamente dentro do público, ''Rough justice'' foi um belo presente para a galera. É um rockão de primeira à altura de mísseis como ''Rocks off'' e ''If you can't rock me''.

Outro presente foi a canção de Ray Charles "Night time is the right time", tocada apenas três vezes este ano. Trata-se de um bluesão que vai direto às origens da banda. Os Stones eram cinco moleques de classe média que se amarravam na música negra americana mais autêntica (os Beatles preferiam a diluição da Motown).

A vocalista Lisa Fischer arrasou nesta música, de minissaia brilhante e pernas maravilhosas, lembrando a TinaTurner com quem os Stones excursionaram na virada dos 60 para os 70. Se eles tivessem tocado "Gimme Shelter", Lisa teria dado outro show. Ficaram devendo esta. Na balada ''Wild horses'', Lisa e o vocalista Bernard Fowler dançaram agarradinhos.

Foto: Daniel Ramalho

Quando pegou a gaita para uma maravilhosa interpretação de 12 minutos de ''Midnight rambler'', a melô do estrangulador de Boston, Jagger fez uns corinhos de ''uuuhum'' e a seguir disse ''John Lee Hooker'', numa alusão ao grande mestre do blues. Mais adiante fez um ''oh yeah'' gutural a la Muddy Waters, duas homenagens aos influenciadores da banda.

Keith Richards, a ruína roquenrol em pessoa, arrasou no set de duas músicas, "This place is empty" e ''Happy''. "É bom estar de volta. É bom estar em qualquer lugar," disse Keith, numa prova de que não abre mão de um dos seus grandes vícios, a estrada. Seu companheiro de guitarra, Ron Wood, solou muito o show inteiro, especialmente no que faz de melhor, a slide guitar. Ele brilhou no set de Keith num violão e numa guitarra tipo weissenborn (havaiana) - e ainda em ''You got me rocking''.

Charlie Watts, que passou por um tratamento para câncer no pescoço, mostrou o vigor e a precisão de sempre, mandando umas viradas sempre que a banda fazia um pequeno intervalo entre uma música e outra para tomar água e trocar de guitarras. O baixista Daryll Jones, que andou se aventurando pela boate Help, fez seu solo em "Rain fall down" e segurou bem a cozinha com Charlie.

Outro veterano da banda de apoio, Chuck Leavell, se destacou nos pianos de ''Miss you'', ''Sympathy for the devil'' e no órgão de ''You can't always get what you want''. O naipe de sopros, com músicos de formação jazzística e o roqueiro Bob Keys, foi bem prejudicado na mixagem de som. Keys brihou apenas no solo de ''Brown sugar'', soltando os bichos no sax tenor.

Foto: Getty Images

Apesar da área Vip ter o privilégio de vê-los bem próximos era lá de longe que vinham as palmas e os coros para as canções, como "Sympathy for the Devil", "Start me Up" e "Wild Horses", além da empolgação como quando o guitarrista Keith Richards cantou sozinho no violão "This Place Is Empty" e a multidão não parou de gritar "Ole, ole, Richards, Richards!".

Além de Jagger, Richards, Ron Wood e Charlie Watts, a banda contou com o baixista Darryl Jones, dois saxofonistas, um trompetista e outro músico ao trombone. Havia também três backing vocals e a cantora Lisa Fischer.

O encerramento desta noite histórica foi com Jagger cantando "You Can't Always Get What You Want" e a mais conhecida do público "Satisfaction", vestido com uma camiseta branca com a bandeira do Brasil, escrito "Rio de Janeiro" embaixo, em mais uma homenagem à cidade que viveu dias de expectativa para receber o grupo.


Veja o set list:

01- Jumpin Jack Flash, 02- It's Only rock and roll, 03- You Got Me Rock, 04- Tumblin dice, 05- Oh no not you again, 06- Wild Horses, 07- Rain fall down, 08- Midnight rambler, 09-The night time is the right time, 10- This place is empty, 11- Happy, 12--Miss You, 13-Rough Justice, 14- Get off of my cloud, 15- Honky tonk woman, 16- Sympathy for de devil, 17- Start me up, 18- Brown Sugar 19-You Can't Always get what you want, 20- (I Can't Get No) Satisfaction.

Foto: Site Copacabana.com

REGISTRO HISTÓRICO

Segundo a revista "Billboard", a atual turnê mundial dos Rolling Stones, "A Bigger Bang", pode tornar-se a mais lucrativa da história da música. O show transmitido ao vivo pela Rede Globo foi gravado para um especial da emissora e para o lançamento posteriormente em DVD, com lançamento mundial previsto para o segundo semestre deste ano.

Os Bastidores do Show vão virar filme e DVD terá material da equipe de filmagem do grupo, com oito câmeras. O filme, a princípio, será exibido apenas no mercado americano. O DVD será lançado mundialmente no segundo trimestre deste ano.

Agora é só esperar pelo DVD Oficial da Apresentação no Rio...


Fontes : Globo On Line , JB On Line, Site Copacabana.com

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Novo Recomeço...


Foto: Autor Desconhecido


Encantos de uma Cidade Maravilhosa

Quem vem ao Rio tem a sua disposição várias opções para montar o seu Roteiro Turístico, lugares históricos como o Cristo Redentor, Pedra da Gávea, Bondinho do Pão de Açúcar, Quinta da Boa Vista, Floresta da Tijuca, Jardim Botânico, e andar de Bondinho pelas ruas históricas de Santa Tereza, Conhecer a Igreja da Candelária, Ilha de Paquetá, ou a Ilha Fiscal (talvez seja uma das poucas se não única ilha localizada a menos de 30 minutos de uma grande Metrolopes).

O Rio tem inúmeros lugares para que possamos admirar a história da cidade como o Teatro Municipal, Centro Cultural Banco do Brasil, Biblioteca Nacional, Museu de Arte Moderna, Teatro João Caetano, Centro cultural Light, da Marinha, da Telemar. Cinelandia, Praça XV, e o Centro do Rio com prédios que lembram e muito o Rio Antigo.


Qual é a maior Paixão do Carioca?

A maior paixão provavelmente é praia neste quesito podemos citar mais de 20 entre elas as mais famosas do Mundo Ipanema e Copacabana, ou apreciar o Por do Sol único nas Pedras do Arpoador.

O Carioca Amar Futebol... Então não podemos esquecer o estádio do Maracanã, e Conhecendo o Maracanã você não poderá deixar de assistir a uma partida entre um dos 4 Times grandes do Rio Além do Flamengo o mais amados do Brasil, Tem o Vasco, Fluminense, e Botafogo.


O Carioca adora uma festa!

Podemos afirma que o Rio é a Terra do Carnaval e do Funk, Mais também tem Charme (R&B), Bossa Nova, e MPB, entre outros... E entre tantos ritmos você pode escolher entre uma das baladas mais freqüentadas da Night Carioca. Duvidas?

Então ae vai... Arcos dos Teles, Arcos da Lapa, Hard Rock Café, Circo Voador, Fundição Progresso, Rio-Sampa, Via Show, Olimpo, Baile Charme do Viaduto de Madureira, Armazém 5 -Píer Mauá, entre outros...


Qual é a maior riqueza de uma cidade?

O Carioca em sim é a maior riqueza que nossa cidade, pois é do trabalho e da paixão deste povo que nasce o progresso. Lamento apenas que como no resto do Brasil temos Políticos poucos interessados em cuidar da cidade durante todo o mandato e sim somente em época de eleição.

Triste também que nossos trabalhadores não são bem remunerados, e que devido a isso somado ao desemprego, ao estudo precario, e a toda burocracia que dificulta a realização de um sonho de pequenos empresários, e do povão o crecimento da igualdade social.

Devemos cuidar bem de nossa cidade, pois esse é o maior presente que poderemos conceder para as próximas gerações assim nossa cidade continuara tendo e com louvor o titulo de Cidade Maravilhosa.

Rogério Moraes


Aos Amigos,

Agradeço aos amigos que no meu 1º Blog AOL no link "Os Melhores Blogs"(Antes do fim da AOL no Brasil que ocorrera em 17/03/06) sempre marcaram presença e deram valor a tudo nele publicado ao dividir com todos suas opiniões sobre todos os temas abordados.

Desejo que Deus me permita continua tendo a amizade de vocês, e que este blog consiga ter o mesmo sucesso de seu antecessor que ainda hoje é motivo de muita alegria para mim. Não por acaso me animei a voltar a escrever por aqui da mesma forma como postava lá de 2 a 3 vezes na semana, e assim será.

Obrigado por tudo, Rogério Moraes