domingo, maio 06, 2007

Clóvis, O melhor do Carnaval Suburbano


Foto: Internet (alguém sabe que me avisa...Obrigado)

O que vem a ser um Clóvis???

Clóvis, ou "bate-bola", é o nome de uma fantasia carnavalesca característica dos subúrbios cariocas, principalmente os das Zonas Norte e Oeste. Supõe-se que o nome tenha derivado de "clown" (palhaço).

Nos primórdios, a fantasia de clóvis se assemelhava muito com a roupa dos palhaços, mas usavam máscaras aterrorizantes. Batendo suas bexigas de boi, bastante fedorentas, os bate-bolas eram o terror da criançada.

Com o tempo, a indumentária foi incorporando novas características e, atualmente, os grupos de clóvis podem ser classificadas em diversos tipos, tais como "bola e sombrinha", "leque e sombrinha", "bicho e leque" entre outros.



Foto: Turma do Américo

A Origem do ClóvisNo século XIX, o clóvis era interpretado por pessoas que se vestiam com macacões coloridos e usavam máscaras. Saíam pelas ruas batendo bola nas pessoas e violentamente no chão, assustando principalmente as crianças distraídas.

Uma das características dos bate-bolas era não repetir as roupas para não serem reconhecidos.As bolas eram feitas de bexigas de boi e até hoje uma fábrica tenta manter a tradição, mas o material está sendo substituído por plástico.

O personagem também é uma referência do Carnaval europeu, quando as pessoas se fantasiavam de palhaços em Carnaval de Veneza. Além de assustar crianças e até adultos, o bloco de clóvis resiste, principalmente nos subúrbios, como digno representante do carnaval de rua carioca. A fuzarca no Rio exerceu um papel centralizador para a formação da folia nacional.



Foto: Turma da Tropa

A Tradição dos "Clóvis" no Rio agora em Documentário

No Rio de Janeiro, são mais de cem turmas de Clóvis. A tradição chamou a atenção do diretor de teatro Marcus Vinícius Faustini. Ele fez um documentário para tentar entender quem são esses personagens intrigantes do carnaval carioca.

Uma roupa que pesa muitos quilos para usar em um quase insuportável. Mas ninguém reclama. Para eles, fazer parte de uma turma de Clóvis é ganhar espaço para brilhar no meio da multidão, mesmo que seja por alguns instantes.

O momento de sair pelas ruas é o mais aguardado por esses moradores de comunidades da periferia. Vestidos com saias e babados, provocam espanto e encantamento.

Em Santa Cruz, saíam uns mascarados, e tem uma lenda que conta que os soldados da Aeronáutica que desciam aqui num hangar começavam a ver os mascarados e chamavam de “clown”. E as pessoas foram adaptando para “Clóvis”, revela o diretor Faustini.

A surpresa na hora de revelar a fantasia é um dos grandes orgulhos do grupo de Clóvis. Uma delas parece uma máscara, mas observando os detalhes, encontra-se o calçadão de Copacabana, o Pão-de-Açúcar e o Cristo Redentor.

Por trás de cada máscara há personagens da vida real que só no carnaval mostram um outro lado. Um exemplo é Leonardo Figueiredo, policial militar, que divide o trabalho nas ruas do Rio com a tarefa de fabricar as fantasias do seu bloco de Clóvis.

Às vezes, eu saio do serviço, estou cansado, tenho que dormir, porque o corpo não agüenta – virou noite dirigindo, trabalhando com tensão, perigo nas ruas – e quando eu lembro o compromisso que eu tenho com pessoas que têm isso aqui como o primordial da vida, da alegria, eu chego a pegar um pouco de ânimo e caio dentro dos trabalhos”, conta o policial Figueiredo, integrante dos "Clóvis".

Mas trabalhar com tantas cores e purpurina tem o seu preço: “Muitas vezes eu chego cheio de purpurina e o pessoal pergunta se eu estou virando borboleta”, ri o policial.



Poster Oficial do Documentário

Ficha Técnica
Título Original: Carnaval, Bexiga, Funk e Sombrinha
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 63 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2006
Estúdio: Reperigeria / KL Produções
Distribuição: Direção: Marcus Vinícius Faustini
Roteiro: Marcus Vinícius Faustini
Produção: Gabriela Saboya e Tatynne Lauria
Fotografia: Marcus Vinícius Faustini e Tamur Aimara
Edição: Gregório Mariz

Elenco: Não divulgado

Sinopse: Uma radiografia do trabalho feito pelos mais de 70 grupos de clóvis, ou bate-bolas, existentes na zona oeste do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo em que mantêm viva a tradição do Carnaval de rua, os grupos levam às últimas consequências os preparativos para a festa, que têm início 361 dias antes da saída dos blocos.

Fontes: lcmarques.blogspot.com, enciclopédia on line Wikipédia , ufrgs.br, Globo.com/rjtv, adorocinema.cidadeinternet.com.br, Flogão "turmadatropa" e "osmaislindosclovis"



Foto: Mascara Classica de "Bate-Bola"

Vivenciando a Noticia - "Bate Bola, Bate Pé"

Não existe criança que ao menos uma vez na vida não tenha fugido dos famosos “bate-Bola” e suas bexigas algumas vezes com sal grosso e que não era o “terro” apenas no Subúrbio Carioca(A minha infância foi no Centro do Rio de Janeiro) .

Também já estive do outro lado da folia se não me engano por um ano apenas. De uma forma mais simples do que os belos “Clóvis”que podem(hoje em dia) custar até R$ 2,500(dois mil e quinhentos reais) porém me diverti muito.

A cidade era menos violenta e justamente por isso brincávamos sem receio de quem pudesse esta por debaixo daquela mascara. Cantei e muito a famosa musiquinha “Bate Bola Bate pé/ tira a roupa da mulher / se for homem vem aqui / se for bicha fica ae” e da-lhe pernas pra que te quero na hora de fugir de uns 40 bate bolas com cola de sal grosso...rsss

Ninguém era santinho não viu?? Tacávamos ovo, tomate, jogávamos “bolas de gude” no chão para eles escorregarem....rsss Mesmo assim existiam limites.

A graça estava em nós(sem roupa de bate Bola) corre como louco “estragar”a roupa deles, Já eles(Bate-Bola) tinham como objetivo assustar as vezes batendo as bolas apenas ao seu redor pra que você grite(e muito) outras bolas nas costas jamais acontecia qualquer tipo de contato físico de nenhuma das partes.

Era uma brincadeira até certo ponto sádia exatamente por não ter a malicia dos adultos. Na Avenida Rio Branco e na Presidente Vargas eu assistia os sustos da criançada ao se deparar com os melhores Clóvis do Rio de Janeiro!!! Tanto no quesito beleza ou feiúra mesmo (acredite eram medonhos).

Nunca mais me esqueci da Clássica “Morte” de olhos vermelhos que piscavam por debaixo de um capuz sinistro...rsss Pena que a infância passa de uma forma tão lingeira que quando você se dar conta já é um adulto e os seus medos se tornam muito mais complexos do que uma mascara de Carnaval e os pesadelos que ela poderia te dar na noite seguinte.

Quer ler mais sobre o Carnaval Carioca???

* O Carnaval Através dos Tempos

* Soy Loco Por Ti, Vila Isabel

* Site Oficial Liesa

Bom Carnaval Galera!

* Texto publicado originalmente em 07/02/2007 no extinto Rio que Amo 2

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa primeira foto do bate bola azul é da turma VAIDADE DE JPA, Se eu não me engano é do ano de 2005.

Anônimo disse...

Quero saber de quem eh o bate bola da segunda foto do catatau e batatinha de quem eh eu quero compra ele fala aew me passa o msn ai pra nos negosia!!

Anônimo disse...

Blog oficial da turma Audácia de JPA visitem e comentem http://turmaaudacia.blogspot.com/