segunda-feira, setembro 18, 2006

Os Chineses no Rio - A História da Vista Chinesa







Vista Chinesa por Claudio Lara

A Origem
O mirante construído em homenagem aos imigrantes chineses encanta os visitantes não só pelo estilo oriental, mas também pela vista maravilhosa que se tem de lá.
 
A combinação que poucas cidades do mundo têm, no Mirante, está aos nossos pés: mar, montanha e mata. É uma imagem deslumbrante a 380 metros de altitude. E o ponto de observação também não poderia ter mais charme. 
 
Volta e meia citada em episódios de violência na região da Floresta da Tijuca, a Vista Chinesa, contudo, não perde o encanto. E olha que desde 1906 o local já é um importante ponto turístico do Rio - quando os cariocas enfrentavam a subida em grupo - era quase uma viagem. A estrutura de ferro e concreto nos remete ao velho oriente, simulando bambu. E tem até uns dragões. 


A Vista Chinesa e Os Chineses no Rio
 A história da Vista Chinesa se confunde com a chegada de imigrantes ao Rio e também com a história de outro importante ponto da cidade: o Jardim Botânico. Isso porque e por influência do próprio Rei de Portugal, Don João VI, o Jardim Botânico deveria ser uma espécie de laboratório. A idéia era trazer plantas e sementes do exterior para ver se elas vingariam aqui. E se a plantação em questão era chá, era preciso uma mão de obra especializada de chineses.
 
Primeira Leva:
o Chá no Rio de Janeiro Inicialmente, foram cem os chineses que vieram da colônia portuguesa de Macau, importados em 1812 pelo Conde de Linhares, a mando de D. João VI, com o objetivo de testar a receptividade do solo brasileiro para o cultivo do chá.

Os imigrantes, que teoricamente foram escolhidos por terem bastante experiência no assunto, estabeleceram-se, primeiramente, nas encostas da mata onde estão os fundos do jardim Botânico. Ali chegaram a plantar seis mil pés de chá, erva que dava três safras por ano.


Após serem colhidas, as folhas eram colocadas em fornos de barro, onde eram postas a secar, sendo depois enroladas. Era um sonho do Príncipe Regente repetir no Brasil o comércio exitoso entre Macau e a Europa, do qual, com a venda do chá, Portugal auferia considerável rendimento.


No princípio, houve certa euforia com o futuro da erva no Rio de Janeiro. Loccock nos conta que, logo após a chegada da Família Real, planejava-se suprir todo o mercado europeu com a produção carioca.Também Ebel nos dá seu relato, datado em 1824, quando afirma ter visto nas encostas do Jardim Botânico, "vastas plantações de chá chinês, agora em floração".


Visual do Rio da Vista Chinesa por Claudio Lara

Em 1817, Spix e von Martius declararam ter o chá carioca aroma excelente, embora seu sabor não fosse dos melhores. Esse desagradável paladar parece ter sido a razão que acabou obrigando o Governo português a desistir de tentar produzir comercialmente o chá em terras brasileiras.

Outros autores, entretanto, afirmam que o insucesso deveu-se à falta de preparo, indolência e alto custo da mão de obra representada pelos chineses, que teriam sido mal-escolhidos em sua terra natal, não tendo vindo para cá um grupo de experientes agricultores, mas, como escreveu o historiador Oliveira Lima, "a ralé de Cantão". 


Mais realista, entretanto, parece ser a explicação de Maria Graham, citada por Bastos Cezar: "o Imperador compreendeu ser mais vantajoso vender café (um produto sem concorrentes) e comprar chá do que obtê-lo com tais despesas (já que o chá era produzido a baixíssimo custo na Chinba e Índia) e não continuou a plantação". Os chineses foram transferidos para a Fazenda Real de Santa Cruz onde fizeram outra tentativa, também falida.
   
Foto:Vista Chinesa - Cartão Postal - 1911 Col E. Belchior  

Segunda Leva: do arroz às estradas. Anos mais tarde, em 1844, outra leva de chineses foi trazida ao Rio. Desta vez com o intuito de plantar arroz. 
 
Mas, assim como o sucedido com o chá, os orientais não foram capazes de fazer vingar em terras cariocas o cereal. A solução foi empregá-los para abrir o caminho que mais tarde se transformaria na Estrada Dona Castorina.

 
Nessa obra, teriam feito seu acampamnento onde hoje está localizada a Vista Chinesa, dando origem desta maneira ao primeiro nome de batismo do lugar: Rancho dos Chins, que depois evoluíria para a designação atual de Vista Chinesa.

 
A construção de inspiração oriental que em nossos dias decora o mirante não é contudo contemporânea do surto do chá, tendo sido construída somente no início do século XX pela administração Pereira Passos.

 
Em 1905, para homenagear esses imigrantes, foi construída uma primeira estrutura. De concreto e telhado de bambu, acabou não resistindo ao tempo. Em 1906, aí sim, foi erguida a construção que até hoje está no Alto da Boa Vista. E marcou, para sempre, a contribuição dos chineses ao Rio.


ESPORTE RADICAL NA VISTA CHINESA


1º CAMPEONATO MUNDIAL - RIO DOWNHILL 2006

O Skate Downhill na Vista Chinesa - Mesa do Imperador É simplesmente a "Meca" do longboard no Rio de Janeiro. São realizados constantemente encontros e campeonatos no local. O trecho, de aproximadamente 1 km, tem o asfalto liso e íngrime, fazendo a alegria dos praticantes. Alguns também gostam de descer para o outro lado da Mesa do Imperador, em direção à Tijuca. Cuidado com carros no final de semana, já que o local é bastante procurado por turistas . 

No domingo, o Sol que marcou presença na cidade Maravilhosa durante toda a semana não decepcionou e compareceu na Vista Chinesa, encharcando de suor os competidores, dentro de seus macacões de couro, e o publico, instalado ao longo da pista para acompanhar tudo de perto, principalmente no espaço em frente ao famoso cartão postal que marcava a curva mais difícil do evento. Dali, o locutor oficial ia anunciando os resultados das baterias, que foram super disputadas. O inicio da competição foi marcado por uma grande oração, independente de credo ou religião, para pedir a proteção aos atletas.

No skate Stand Up, a principal categoria do evento, eram 61 inscritos. As baterias eram de 4 em 4 competidores, e os dois primeiros se classificavam para a fase seguinte. A disputa começava na Mesa do Imperador, onde os atletas "pedalavam" seus skates para pegar o Maximo de velocidade e dali desciam, disputando cada centímetro da pista, curva a curva, ate a chegada, localizada aproximadamente 300 metros depois da curva de 180 graus da Vista Chinesa. 

A velocidade dos skates era impressionante para fotógrafos, cinegrafistas e o publico presente. Poucas vezes se tem a oportunidade de colocar para baixo desta maneira no circuito da Vista Chinesa, principalmente por causa dos carros que trafegam no pico todos os dias. Vale lembrar que para que o evento acontecesse com segurança, a CET RIO colaborou fechando o transito, de sexta a domingo. Somando este fato aos fardos de feno posicionados para proteção dos atletas, o que se viu foi um espetáculo de velocidade, ultrapassagens e quedas.

Foto: Red Label - Desfile da Sommer - Fashion Rio 2006


África e safári inspiram o verão 2007 de Sommer
Sob o comando da estilista Thaís Losso, que estréia na criação da grife Sommer, convidados e fashionistas foram levados de jipe ao Alto Boa Vista para conhecer a Sommer Land, cenário montado no Horto Florestal do Rio de Janeiro.

A primeira parada foi num jardim ambientado com um sofá e uma estátua de cavalo branco. Os modelos desfilavam de forma descontraída e acenavam aos passageiros dos jipes.
Na segunda parada, o ponto turístico Vista Chinesa foi o cenário para o término do desfile da Sommer Land, que teve até mesmo seu próprio “rei”.

Este desfile fez parte do Fashion Rio 2006 que contou com outros locais curiosos para um desfile de moda como os Arcos da Lapa.

Fontes: globo.com/rjtv / - triboaventura.com - estilosamiracampos.com.br
Trilhas do Rio, Pedro de Cunha e Meneses, 1996

6 comentários:

Anônimo disse...

migooooooooo
kero visitar essa vista chinesa
adoreiiiiiiiii mto
t adoro
saudades de ti
ve se aparece mais na net tah
Bjokas

L.L

Anônimo disse...

Como sempre meu amigo vc arrasa nas matérias. Gostaria de sugerir uma, sobre a importância do esporte na vida das pessoas, os benefícios que ele trás se for feito corretamente e a importancia do profissional de educação física dianta dos esportes, já que somos tão banalizados por pessoas que não sabem como é o processo de aprendizagem desses profissionais. Ralamos muitos, estudamos demais e somos chacoteados por pessoas que não sabem nem um terço do que passamos até nos tornamos profissionais. Está ai a minha diga.
beijos e fica com Deus

Anônimo disse...

Nossa q linda as imagens...isso q e amor pela cidade...hehehe
Refiz meu blog so q agora no provedor terra preciso mudar vaerias coisas e talz mais da uma passadinha

http://noisecordepinck.blog.terra.com.br/

Qdo eu souber mexer mais ponho o seu no link!!
bjussss

Anônimo disse...

Oiiii
Vc lembra de um blog todo rosa da Hello Kitty com musica da AVRIL?Antesnum tinha musica mais passou a ter...hehheh
Lembra?
bjussssss

Claudinha ੴ disse...

oi moço! Quanto tempo! Ah, mas eu preciso (re)conhecer o Rio... Que coisa mais linda, dá até vontade de ir morar aí... Beijão!

Marco disse...

Oi, Rogério.
Vim retribuir a sua visita. E acabei conhecendo a história da Vista chinesa que não conhecia! Aliás, nem a da cultura de chá por chineses do tempo do Príncipe Regente!!! E eu que achava que conhecia a história da minha cidade...
Muito bom, Rogério! Parabéns!
Um abração!